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sábado, 18 de julho de 2015

Entendendo cada posição do parto!

Boa tarde meninas!
Hoje quero trazer um post para vocês com uma informação muito preciosa.
Vamos entender quais as posições para o expulsivo e os benefícios de cada uma delas juntas!
Espero que seja útil e esclarecedor quanto a escolha de cada leitora.

O momento do expulsivo é sem dúvida o mais esperado. Chegou a tão esperada hora de conhecer o bebê! Nesse momento a mulher deve manter a respiração e a tranquilidade, entender o seu corpo e escolher a melhor posição para parir é essencial.

*Cócoras:

Benefícios:
* Abre a pelve para a sua máxima capacidade;
* Aproveita a força da gravidade;
* Expulsivo no geral mais rápido, com menos puxos;
* Facilita a rotação do bebê e sua descida.

* Semi-sentada:
 Benefícios:
* Uma boa posição para descansar;
* A inclinação pélvica permite uma maior abertura do colo do útero;
* Aproveita algo da força da gravidade.

* Sentada:

Benefícios:
* Uma boa posição para receber massagens na lombar, o que ajudara no alívio das dores;
* Aproveita algo da gravidade;
* Boa posição para descansar.

* De quatro: 

Benefícios:
* Tira a pressão das hemorróidas;
* Gravidade neutral: torna mais lento um expulsivo que está indo rápido demais;
* Facilita a rotação do bebê para a posição posterior;
* Pode proporcionar alivio para as dores na lombar e ajudar na progressão do bebê na direção da saída do colo do útero.


*Deitada de lado: 


Benefícios:
* Gravidade neutral, também ajuda quando o expulsivo está indo rápido demais;
* Excelente posição para descansar;
* Pode ser de grande ajuda para evitar uma epsiotomia quando o parto só pode acontecer com a mulher deitada;
* Boa posição para receber massagens de alivio.


É isso meninas! Conhecimento não ocupa espaço, conhecer e entender melhor o nosso próprio corpo então nem se fala! Eu desejo a cada leitora um ótimo final de semana e  para as gestantes um parto cheio de satisfação! Que as escolhas de vocês sejam respeitadas. Empodere-se para esse momento único de suas vidas! Um super beijo.
Sil.

domingo, 5 de outubro de 2014

Um outro olhar, uma nova cena!

Oi mulherada!
É com muita alegria que eu escrevo esse relato vivido na última sexta-feira.

Eu sabia que não seria como os outros partos que eu acompanho na maternidade porque a gestante leu, se empoderou e já estávamos em contato antes do seu trabalho de parto, ou seja, não éramos desconhecidas!

Quando cheguei, Julia (pseudônimo) estava com 7cm de dilatação, mantendo a calma, ela estava comendo uma maçã, tomando suco de uva e focada na respiração.

A maternidade estava muito tranquila nessa noite, então o enfermeiro obstetra teve tempo para conversar conosco, compartilhar histórias e informações; sorrimos juntos, tiramos dúvidas,  todos estavam ali com o mesmo sentimento: felizes, esperando a chegada do Gabriel (pseudônimo).

Julia estava acompanhada do seu esposo, que carinhosamente se manteve ao seu lado em todo tempo.
Sem ocitocina "artificial" e com a melhor equipe da maternidade (infelizmente não posso citar nomes), ela teve as escolhas respeitadas, quando pediu para andar já com 9cm de dilatação foi lhe permitido. Quando me pediu massagens específicas eu a ouvi. Na reta final, ela sentiu muita dor nas pernas, na parte inferior, então o alívio que ela precisava não era na lombar e sim nas pernas, e o pedido foi atendido, uma massagem mais forte nessa região do seu corpo.
Houve momentos que ela pensou que não ia conseguir, com muito sono e cansada ela se lançava nos braços do seu esposo. 
Ela disse algumas vezes: eu não vou mais querer ter filhos, nesse momento o enfermeiro obstetra disse com muita calma e com um sorriso no rosto: Julia, a ocitocina tem, entre outras funções, fazer com que você esqueça de toda essa exaustão e dor quando seu bebê nascer.

* Falando um pouco desse hormônio tão poderoso: OCITOCINA, mais conhecida como" hormônio do amor", a ocitocina é liberada durante todo o trabalho de parto, produzida no cérebro, ela circula sobre todo o corpo da mulher, a medida que o parto evolui a ocitocina aumenta, e na reta final a mãe está praticamente intoxicada desse hormônio, o que vai lhe dar a sensação de enorme prazer, satisfação, alegria, amor, entre tantos outros sentimentos quando ela encontrar com o seu bebê pela primeira vez em seus braços. É nesse momento que toda dor e cansaço são praticamente esquecidos pela gestante devido à essa função de apagar da memória toda exaustão vivida pela mulher.
PS: Ocitocina, te amamos, rsrsrs!

Julia foi conduzida para o banho quente, teve acesso a bola, pequenos detalhes mas que fizeram a diferença para lhe proporcionar um parto digno!

Com a dilatação total ela foi conduzida a outra sala onde os partos são realizados.
O tão esperado momento expulsivo contou com a mesma tranquilidade de Julia e ainda com a melhor e mais humanizada equipe da maternidade.
Não foi necessário epsiotomia, o tempo do bebê e da gestante foram respeitados, com muita calma Gabriel veio ao mundo e o primeiro "lugar" que conheceu foi os braços afetuosos de sua mãe, tão jovem (18 anos) mas tão pronta para lhe amar com o maior amor do MUNDO! 
Julia teve laceração de primeiro grau, recebeu todos os cuidados necessários e informações importantes da enfermeira que realizou o parto, uma doçura de enfermeira.

Julia segue sua vida com uma nova missão agora: cuidar, amar e educar o pequenino Gabriel, ela e seu esposo estão muito felizes e realizados! 

É possivel um parto digno e respeitoso nas maternidades públicas do Brasil? SIM, É.
A humanização começa de dentro pra fora! Com uma equipe consciente e que ama o que faz, o carinho é possível, o respeito é possível e a dignidade é possível!






domingo, 14 de setembro de 2014

Gravidez e alergia: Combinação perfeita para um parto humanizado.

Olá meninas, esse relato é da Márcia Benália, uma grande amiga que ganhei na maternidade onde atuamos juntas como doula. 

Meu nome é Marcia Benalia e sou mãe de duas crianças. Na verdade, um já é adolescente, lindo com seus 15 anos de idade e a outra é uma bebê fofa, de 2 anos.
Além de doula, sou consultora de amamentação, instrutora de shantala e aromaterapia. Sou formada em Comunicação e atualmente, curso uma pós-graduação de Psicologia e Maternidade. Junto com duas amigas que, assim como eu, passaram a ter uma vida com mais propósito, formamos uma empresa que presta serviços e consultoria para gestantes e mães, a Maternity Coach.

Doulando voluntariamente em uma maternidade filantrópica, sempre acompanhei partos normais, mas nunca havia presenciado um parto humanizado por lá.  Até que, em uma bela noite de lua cheia, doulei uma mulher chamada Adriana. Ela desceu da ambulância, vindo de transferência de uma maternidade pública, já avisando: Sou alérgica a todo e qualquer medicamento! Sem saber, ela estava mudando toda a história do parto dela e vou contar o porquê!

Logo que as gestantes chegam à maternidade onde atuo como voluntária, não importa se sentindo as contrações iniciais ou já parindo, elas acabam recebendo ocitocina na veia para “ajudar” na evolução do trabalho de parto.

O nosso organismo produz naturalmente a ocitocina. Ela é responsável por gerar as contrações do útero durante o trabalho de parto e  liberar o leite durante a amamentação. Sob seu efeito, durante as contrações, sentimos dor, mas nada insuportável. Diz a lenda que as dores existem justamente para avisar as mulheres que seu bebê está chegando e que devem procurar um local tranquilo para parir. Este sinal era de extrema utilidade na época das Cavernas, já que as mulheres, sem as informações que dispomos atualmente, utilizavam as dores como um aviso, que significava: hora de procurar um abrigo seguro para parir e ficar com seu bebê! Assim como acontece com todos os mamíferos.

Existe, ainda a versão sintética da ocitocina, produzida em laboratório, que é na verdade  uma medicação muito útil e que pode ajudar a salvar vidas se corretamente indicado, como quando usado para contrair o útero após um parto ou aborto, em virtude de sangramento abundante, prevenindo hemorragias que poderiam levar a perda do útero e até a morte. O problema é seu uso indiscriminado nas maternidades… Como este hormônio também pode ser usado para iniciar o trabalho de parto quando ele não ocorre naturalmente (lembrando que se ele não ocorreu naturalmente, era porque ainda não estava na hora…) podendo regularizar as contrações quando elas não estiverem efetivas e for diagnosticado que o trabalho de parto não está evoluindo de maneira adequada, ele acaba sendo utilizado de forma corriqueira. Mas, como todo medicamento, há efeitos colaterais e pessoas alérgicas à sua composição não devem recebê-lo. Era o caso da Adriana!

Graças à sua alergia, ninguém pode “ajudar” a Adriana em seu trabalho de parto, colocando o “sorinho” em suas veias. Ela teve que contar apenas com seu corpo para o nascimento de seu bebê. Andando pelo corredor, usando a bola, recebendo massagens e  tomando um bom e longo banho de chuveiro, ela foi sentindo as contrações, cada vez mais fortes, porém compatíveis com o que seu corpo poderia aguentar. Quando sentiu que era hora de seu bebê vir para seus braços, avisou a equipe médica, foi caminhando até a sala de parto e ali, tranquilamente, muito focada no que estava fazendo, pariu lindamente. Tão lindamente que até a enfermeira que estava auxiliando no parto e que até aquela hora não havia demonstrado nenhum tipo de envolvimento com a parturiente, se emocionou. Não me contive e disse que aquele era o parto mais lindo que eu havia acompanhado, ali, naquela maternidade. Depois, pensando por qual motivo aquele parto tinha sido especial, cheguei a uma única conclusão: ausência de ocitocina sintética!!!

Com ocitocina na veia, as contrações são muito mais doloridas e por conta disto, muitas mulheres acabam se concentrando mais na dor do que no parto em si. Ela acaba tirando o direito da mulher de ser a protagonista do nascimento dos filhos, sentindo e conduzindo o parto em todas as suas etapas.

Alergia a medicamentos pode ser um fator complicador na gestação? No caso da Adriana, não! Graças a alergia ela foi poupada de todo e qualquer procedimento médico, tendo direito ao que era seu por direito: o parto do seu filho.


Marcia Benalia é comunicóloga, cursando pós-graduação em psicologia e maternidade, doula, consultora de amamentação e instrutora de shantala certificada pelo GAMA(Grupo de Apoio a Maternidade Ativa), consultora em aromaterapia para gestantes certificada pela Aromaflora, sócia da Maternity Coach(www.maternitycoach.com.br), mãe de dois filhos e estudiosa dos benefícios que a natureza nos promove.