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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Gestação Anembrionária.

Bom dia meninas e meninos, rsrsrs

Você está tentando engravidar e ai de repente encontra o resultado positivo. Que alegria! Quantas expectativas no coração! Porém ao fazer o ultrasson você descobre que o saco gestacional está vazio, ou seja, sem embrião. E agora? Chamamos esse processo de gestação anembrionária, que resumindo é uma gestação que não deu certo.

O óvulo fecundado se implantou no útero mas o embrião não se desenvolveu, a medicina não sabe explicar exatamente o porque isso acontece e provavelmente seja um acidente da natureza.

O nível do Beta HCG pode continuar evoluindo e a mulher continuar a ter os sintomas de uma gestante, isso porque o nosso corpo não reconhece que o saco gestacional está vazio e por isso se torna mais difícil um aborto espontâneo. Provavelmente o médico vai solicitar o acompanhamento e ira repetir o USG há cada 15 dias porque há também a possibilidade de o embrião aparecer após as 6 semanas de gestação.

Outra informação importante é sobre a medida do saco gestacional, se ele medir mais do que 25mm e não houver embrião o diagnóstico provavelmente será de ovo cego.

Isso não ocorre por culpa da mulher, ou porque há alguma coisa de errado no seu organismo, não há nada que a mulher ou o seu parceiro possam fazer ou não fazer para evitar, mas a boa notícia é que normalmente não existem empecilhos para uma futura gestação normal e saudável.

Então se você leitora já passou por isso ou está passando, ou conhece alguém que esteja vivendo essa fase compartilhe com a gente a sua experiência, como você superou, como encontrou forças pra recomeçar, ou se o embrião demorou a aparecer, enfim, a sua história pode encorajar outras mulheres, afinal quando dividimos o peso a vida fica mais leve!

Eu desejo a cada mulher que vive um processo de perda na gestação muita força e esperança, que o coração de cada uma seja aquecido com a fé e a certeza de que há um tempo certo para todas as coisas. Que Deus nos ajude a seguir em frente mesmo sem entender o porque de algumas circunstâncias em nossas vidas.

Um beijo grande bonitas.

Sil.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A dor do parto, ansiedade e medo? Vamos enxergar juntas de outra forma!

Boa tarde mulherada querida!!!
Sexta-feira que dia mais feliz...

Quero contar um pouco pra vocês uma experiência sobre um trabalho de parto intenso vivido ontem!
Vamos pensar juntas na dor do parto?

Cheguei na maternidade e logo de cara já encontrei uma gestante com 6cm de dilatação, balançando as pernas sem parar, muito ansiosa e "brigando" com as contrações.
Me aproximei, conversei com a mãe que era sua acompanhante, conversei com ela, ofereci massagens mas ela não quis nesse primeiro momento.

Subi para outra ala da maternidade que é da amamentação para ajudar e depois de uns 30 minutos retornei para seguir com a missão de tentar ajudar Katia (pseudônimo) nessa relação com a dor do parto e a espera.

As contrações evoluiram e com essa evolução ela se rendeu à ajuda! Iniciei as massagens e aos poucos consegui um diálogo, ela me contou que ja estava sentindo as dores das contrações há 4 dias e esse era um dos motivos para tanto desconforto quanto as contrações. Ela estava sem dormir e sem se alimentar como deveria durante esses 4 dias, o que gerou uma irritação ainda maior.

* Chamamos esse "alarme falso" de pródromos, quando a gestante começa a sentir dor nas costas e até contrações mas elas não são regulares, o tempo de duração do pródromos é variável, pois cada organismo é único e responde de forma única! Pode ocorrer em alguns casos a perda do tampão mucoso também. O que de fato caracteriza a diferença entre esse período e o trabalho de parto ativo são as contrações regulares que resultam na dilatação total do colo do útero.

Conduzimos Katia para o banho quente, para que ela tentasse relaxar um pouco, mas ela conseguiu permanecer apenas por 10 minutos.
Voltamos para o quarto, tentamos encontrar juntas a forma mais eficiente para ela. Aos poucos fomos conseguindo uma conexão! A mãe dela que estava "tomando um ar" voltou e ai ela também foi entendendo aos poucos a melhor forma para ajudar, abraçou a filha, disse palavras positivas e tentava segurar as lágrimas para se manter forte.

As massagens, as palavras, as conversas ajudaram Katia, porque no início ela nem ao menos queria qualquer tipo de apoio , mas com o passar do tempo ela mesma sinalizava a região do corpo onde queria e precisava de ajuda.
Conseguimos também desenvolver um elo suficiente ao ponto de Katia confiar em mim e ouvir os meus conselhos, ela apertou a minha mão diversas vezes, verbalizou a dor e focou na respiração, mas ainda assim as "perninhas" continuavam a balançar sem parar, o tempo todo, como um torcedor que assiste ansioso a final da Copa do Mundo! 




* Pensando um pouco sobre a dor do parto e como podemos enxergá-la com um outro prisma. O primeiro passo é se preparar para o parto, ler sobre o assunto, ir trabalhando a respiração, a verbalização da dor, mas também ir aos poucos trabalhando o psicológico para esse momento. Muitas situações podem contribuir para o descontrole da mulher nesse momento, medo do que ainda está por vir, tristeza por algum fato em sua vida, abandono, insegurança, ansiedade, o ambiente do parto e etc... Portanto se focar APENAS no parto neste momento em que ele se inicia é de extrema importância, é fácil? Não, mas é possivel! Trabalhando os pensamentos, aprendendo controlar os sentimentos, ouvindo seu corpo... Essa expressão de ouvir o corpo é possivel estando desesperada, preocupada e com uma ansiedade ao extremo? Não, claro que não. Então, mãos a obra, rsrsrsrs.
No intervalo das contrações descanse, coma o que sentir vontade, abraçe quem você quiser, beije, sorria, durma se conseguir (acredite, isso É POSSÍVEL)
Na hora das contrações, acalme-se, respire bem fundo, encare a dor como aliada e não como inimiga, tenha uma doula por perto, rsrsrsrs (olha a propaganda) e o mais importante: acredite em VOCÊ!

Katia não conseguiu enxergar a dor dessa forma e isso não a ajudou em nada, pelo contrário, o corpo com certeza ficou mais dolorido por contrair tanto os músculos, a ansiedade não acelerou o parto, ao contrário disso o que a ajudaria é: a calma, a paciência e a entrega, isso mesmo, a entrega, se entregue ao seu bebê nesse momento tão precioso que é o nascimento dele e se entregue à VOCÊ MESMA, porque certamente não é só ele que nasce, uma nova mãe surge nesse processo de parir! 

Desejo pra cada leitora um ótimo fim de semana, para aquelas que estão aguardando a chegada de um príncipe ou de uma princesa espero que seja útil essa leitura e ajude vocês nessa relação com o medo da dor e o parto!
Um beijo.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Uma história de amor e superação!

Olá queridas, quero começar com uma história bem peculiar pra mim vivida em uma dessas quintas-feiras na maternidade onde atuo como  doula voluntária.

Logo quando cheguei passando pelos quartos havia uma moça aos prantos e sua mãe que era a acompanhante  também com os olhos cheios de lágrimas. Um silêncio se instalava naquele quarto. Uma outra doula que faz o mesmo horário já havia tentado conversar com elas e ajudar mas não houve muita abertura para isso. Eu sabia que algo realmente grave estava acontecendo, apenas me apresentei e fiquei ali por alguns segundos, ofereci água, elas aceitaram e ai encontrei uma brecha para oferecer meu apoio mesmo sem saber absolutamente nada do que de fato estava acontecendo.

Nos próximos minutos fiquei ali ao lado delas, fechei um pouco as janelas porque fazia muito frio nessa noite, falei com a acompanhante Dona Elza (pseudônimo) sobre a janta que é oferecida e insisti pra ela dar uma volta e  respirar um pouco,  comer alguma coisa que eu ficaria ali com a futura mamãe! Quando Dona Elza saiu e  ficamos apenas nós, eu e a Carol, (pseudônimo) ela de fato desmoronou, começou a chorar muito, eu peguei a sua mão e ofereci à ela os meus ouvidos se ela quisesse me contar sobre o que estava acontecendo. Ela respirou fundo e disse: eu estou doente, acabaram de sair os resultados dos exames,  HIV positivo. Por algum motivo inexplicável ela confiou em mim e abriu a sua história, a sua vida, o seu passado... Naquele momento o meu chão caiu, meu coração se partiu junto com o coração dela e eu apenas me aproximei e ofereci o meu amor e carinho, puxei a cadeira ao lado, me sentei e fiquei ali segurando a sua mão por longos minutos.Um momento que era pra ser de pura alegria, satisfação e paz, na vida da Carol não foi exatamente assim, ele se misturou com tristeza, dor e muitas perguntas sem respostas.

 Aos poucos o silêncio foi se rompendo e ela foi abrindo o coração. Me coloquei no lugar dela e então pensei  no que eu gostaria de ouvir e de sentir se eu estivesse nessa situação, foi ai que eu respirei e disse pra ela: Carol, você vai conseguir passar por isso! Você não está sozinha, Deus te deu um presente para você amar e cuidar, essa princesa (ela estava esperando uma menina) vai te dar forças para que tudo isso seja superado, eu tenho certeza! Acredite! Essa notícia pode fazer de você uma pessoa amarga e triste ou um ser humano mais doce, que da mais valor aos pequenos detalhes da vida, que ama mais, respeita mais e perdoa mais! Contei à ela também sobre a história de um grande amigo meu que descobriu o vírus muito jovem e como ele aprendeu a lidar com isso e a superar.
Com o passar das horas ela foi ficando mais calma e confiante.

Carol não entrou em trabalho de parto porque a cesárea já estava agendada para a manhã seguinte. Eu não consegui oferecer à ela massagens para aliviar a dor lombar, mas ofereci um amor, um carinho e meu ombro amigo para de alguma forma tentar ajudá-la a juntar os cacos do seu coração. Fiquei ali quase o tempo todo, não doulei nenhuma outra parturiente nesta noite. Muito mais foi dito à ela e à Dona Elza durante as próximas horas, incentivando e acreditando junto com elas na força da vida.

Eu permaneci em contato com ela através de mensagens pelo celular nas próximas semanas e ontem fui até a casa dela com meu esposo para dar um abraço apertado, levar uma cesta básica e conhecer a flor mais linda do jardim da vida de Carol, a Manu (pseudônimo). Quanto amor e doçura eu encontrei, Carol estava linda, ela tem um sorriso lindo que eu não conheci naquela quinta-feira, e a Manu é simplesmente encantadora, uma criança que ainda não conhece a sua história mas que já carrega consigo uma paz que excede a qualquer entendimento. Ela dormiu no meu colo e eu confesso que fiquei com vontade de ter um bebê!
Quando sai dali e entrei no carro para ir embora o meu sentimento era de missão cumprida, não porque nosso contato terminaria ali, mas porque eu consegui passar pela vida da Carol, deixar um pouco de mim e encher a minha "mochila" de esperança, paz e com uma certeza de que a vida sempre vale a pena e mais do que isso, a vida é mais doce quando repartida.

*PS: A cesárea foi indicada neste caso porque essa é melhor opção para evitar a transmissão do vírus para o bebê. Pesquisadores do International HIV Group analisaram diversos estudos e concluiram que as chances de transmissão caem para 50% se feita a cesariana programada.

Espero que essa história inspire vocês e encha o coração de cada leitora com esperança e amor em tempos difíceis!
Com carinho,
Sil.